Entenda o que são e para que servem os nootrópicos

Nootrópicos são substâncias intensificadoras do sistema cognitivo, usadas para auxiliar na memória, concentração e estado de alerta. Grupos como estudantes, trabalhadores, pessoas da terceira idade e outros que desejam aumentar o desempenho em suas atividades podem se beneficiar do uso de nootrópicos. Continue a leitura para saber:

Como os nootrópicos funcionam?

Os nootrópicos auxiliam as funções cerebrais. As substâncias podem atuar como vasodilatador, aumentando a circulação sanguínea para o cérebro ou fornecendo nutrientes e aumentando o fluxo de energia e oxigênio, essenciais para o bom funcionamento do órgão.

Eles podem ajudar a proteger o cérebro das toxinas e minimizar os efeitos do envelhecimento .

A maioria dos nootrópicos não apresenta efeitos imediatos após uma única dose, exigindo um período prolongado de uso para produzir resultados. A eficácia depende da dosagem e do tempo do tratamento, que deve ser continuado por, pelo menos, de duas a três semanas após a melhora cognitiva.

Para que servem os nootrópicos?

Os nootrópicos, também chamados de “drogas inteligentes”, são usados para auxiliar a função cognitiva e o desempenho cerebral.

Algumas das funções que podem ser estimuladas pelo uso de nootrópicos são:

  • Pensamento;
  • Memória;
  • Humor;
  • Atenção;
  • Motivação;
  • Foco.

Qual a diferença entre nootrópicos e medicamentos estimulantes?

Os medicamentos estimulantes são um tipo de nootrópico, porém só podem ser prescritos por médicos. Eles são indicados para o tratamento de distúrbios, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), que causa sintomas de falta de foco e excesso de impulsividade, e narcolepsia, um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva.

Eles aumentam o estado de alerta, a atenção e a energia por meio do incentivo da produção de dopamina e norepinefrina, substâncias químicas cerebrais. Pessoas que fazem o uso de medicamentos estimulantes podem ter risco de apresentar efeitos colaterais, como aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, respiração acelerada e diminuição do fluxo sanguíneo. São medicamentos prescritos pelo médico que trazem benefícios para pacientes, quando bem indicados.

Quem pode fazer uso dos nootrópicos?

Os nootrópicos podem ser utilizados por:

  • Pessoas sem problemas de saúde, que desejam ter um melhor desempenho cerebral, por exemplo, estudantes universitários ou em época de vestibular, profissionais com rotina atribulada, idosos que possuem algum esquecimento.
  • Pessoas que possuem alguma doença ou transtorno de saúde mental – TDAH, depressão, Alzheimer, narcolepsia – mediante prescrição médica.

Quais os tipos de nootrópicos mais comuns?

Há vários tipos de nootrópicos, disponíveis por prescrição ou sem receita. Os principais são:

Nootrópicos prescritos com retenção de receita – são aqueles que precisam ser receitados por um médico, indicados para transtornos de saúde mental. Os estimulantes mais comuns são as anfetaminas e metilfenidato.

Compostos sintéticos – podem ser adquiridos sem receita médica controlada (receituário simples) e usados por pessoas que buscam melhorar o funcionamento cerebral. Os mais comuns são aqueles da classe dos racetams.

Suplementos dietéticos – substâncias naturais encontradas em alimentos, bebidas e outras fontes que também são nootrópicos:

  • Cafeína: substância psicoativa mais consumida no mundo. Embora muitas pessoas possam não perceber, a cafeína é um nootrópico que pode aumentar a atenção e o estado de alerta.
  • Creatina: aminoácido com efeitos potenciais na memória e nas habilidades de raciocínio.
  • Ginkgo biloba: suplemento proveniente das folhas de árvores nativas da China, Coréia e Japão. Tem efeitos potenciais no cérebro, incluindo melhora da cognição e dos sintomas de demência.
  • L-teanina: aminoácido encontrado em suplementos alimentares e chá verde ou preto. Aumenta o estado de alerta e o desempenho cognitivo.
  • Ômega-3: gordura poliinsaturada encontrada em suplementos de óleo de peixe e peixes gordurosos, como salmão, sardinha e bacalhau.
  • Panax ginseng: arbusto chinês e siberiano utilizado para melhorar a saúde do cérebro.
  • Rhodiola: planta nativa de partes da Europa e da Ásia usada como tratamento à base de ervas para fadiga, estresse e ansiedade. Também é usada como nootrópico para ajudar a melhorar a memória, o aprendizado e a função cerebral.

Como usar os nootrópicos?

Como acontece com qualquer substância, existe o risco de efeitos colaterais e interações com outros medicamentos. É importante seguir a prescrição corretamente e consultar um especialista antes de fazer o uso do medicamento ou suplemento.

  • Consulte um médico – converse com um profissional antes de adicionar os nootrópicos no seu dia a dia. Seu médico poderá prover mais informações, possíveis efeitos colaterais e se a substância pode interagir com outros remédios.
  • Atenção aos rótulos – dê preferência para suplementos de empresas conceituadas, que passaram por testes.

Referências bibliográficas